Sobre Nós

 O GRUPO DE APOIO A VIDA – GAVI – atua há doze anos de forma voluntária como Entidade Correlata à Política Pública de Assistência Social, na oferta de serviços de proteção social para cobertura de riscos, vulnerabilidades, vitimizações e fragilização do indivíduo e do seu núcleo familiar. O nosso público alvo atinge famílias disfuncionais: moradores de rua; egressos do sistema penal, dependentes químicos, que perderam o referencial de uma vida digna e útil a si mesmos e à sociedade. Em nosso atendimento no imóvel alugado ou nas visitas domiciliares, procuramos ouvir acerca de suas carências mais prementes e a forma de ajudar e orientar, seja no âmbito pessoal ou familiar, atuando na defesa de seus direitos de acesso aos programas da rede de assistência social e de proteção nas esferas municipal e estadual. Na área de prevenção são feitas palestras em âmbito escolar, empresarial,   igrejas e na participação de outros eventos, cujo foco seja o a da conscientização do uso dos meios de prevenção para a não incidência e contágio do vírus HIV. Do convênio ora em curso e da subvenção social obtida neste ano, fornecemos em média sessenta cestas básicas por mês; fraldões e absorventes higiênicos para incontinência severa; medicamentos não oferecidos pelo SUS; e nas doações obtidas junto a entidades particulares e ou pessoas físicas, fornecemos roupas e agasalhos; brinquedos para os filhos dos assistidos em eventos especiais; alguns produtos como verduras, batata, cebola, pães e leite distribuídos junto com as cestas básicas. Atuamos ainda na visitação aos pacientes aidéticos internados no Hospital Regional. Em conclusão, somos uma ONG parceira no combate desta terrível moléstia ainda sem cura e na conscientização dos meios para não contraí-la. Sempre é bom lembrar que Joinville é a maior cidade em população de Santa Catarina e estatística oficial, mostrou um quadro desde 1986 á 2007 de 2.193 casos notificados de aidéticos e hoje somos infelizmente o (2º em incidência em SC), estimando-se em cerca de 17.000 os portadores acometidos do vírus HIV, atualmente estão em tratamento recebendo seus devidos medicamentos 1.090 portadores, sendo que de cada um desses casos notificados 8 (oito) pessoas não sabem que são portadores ou não desta moléstia, porque ainda é distantes de uma cura efetiva apesar dos avanços no tratamento e medicamentos fornecidos pelo SUS.

 

 II – DIAGNOSTICO SITUACIONAL

a)      O que as estatísticas oficiais mostram de forma clara e inequívoca, é que Santa Catarina, que teve seu primeiro caso de AIDS notificado em 1984 em Chapecó, e a primeira mulher em 1987, está definitivamente inserido no mapa da AIDS no Brasil. O Brasil apresenta 620 mil pessoas infectadas pelo HIV na faixa etária compreendida entre 15 e 60 anos.

b)      A cada ano em média são registrados novos 21 mil casos no Brasil. Em Santa Catarina são 9.766 casos em adultos cadastrados ( a partir dos 13 anos), com uma taxa de incidência de 1,6 caso para cada 10 mil habitantes/ano. Em Joinville, segundo dados oficiais, até dezembro/2007, foram 2.193 casos notificados de aidéticos as pesquisas mostram que nossa cidade é o (2º lugar em incidência em Santa Catarina), estimando-se em cerca de 17.000 os portadores acometidos do vírus HIV, enfatizamos que apesar da maior exposição na mídia do prolongamento da sobrevida devido aos novos medicamentos.: ¨A doença avança em Joinville e mata¨. a estatística  da DATASUS – Sistema de Informação de óbitos mostra que foram 40 óbitos no ano de 2008. O dado de 2008 é aterrador para quem considera a AIDS uma enfermidade superada ou de menor potencial: ainda mata a cada vez mais¨. Os profissionais da área apontam uma clara tendência no momento de heterossexualização, feminização e a pauperização. O que se tem por certo é que a AIDS deixou de ser apenas uma doença de grupos de risco. Nos últimos anos ela atingiu as donas de casa e o grupo da 3ª idade. Segundo a Secretaria Nacional do Idoso os casos registrados de AIDS em pessoas com mais de 60 anos, representam 2% para ambos os sexos.

c)      O Legislativo estadual produziu duas leis específicas nos últimos cinco anos. A lei nº 11.063/09, autorizando o governo a distribuir seringas para usuários de drogas e a lei nº 11.392/00, que instituía uma política estadual para doenças sexualmente transmissíveis (DST/AIDS). Infelizmente, em razão de preconceitos, princípios religiosos, e mesmo por dúvidas da Polícia Federal, falta a necessária regulamentação e sua efetivação prática.

 

III – DIRETRIZES

 a) A nossa entidade possui sua diretriz estatutária e atualmente encontra-se em reordenamento para atender a Política de Assistência Social.

 

 IV . OBJETIVOS

Objetivo Geral

Garantir e melhorar a qualidade de vida do portador de HIV e seus familiares.

 

A - Objetivos Específicos

Prestar apoio e assistência social aos portadores de HIV/AIDS e seus familiares em situação de vulnerabilidade social, através da valorização da vida e do resgate da auto-estima, dos valores morais e espirituais e da geração de emprego e renda.

B - Ajudar na promoção de todo sistema de informações veiculados e na distribuição de material didático, através de nosso voluntariado, consoante nossos objetivos estatutários e nas campanhas e eventos específicos de combate à AIDS em Joinville e região; na prevenção de como não contrair o vírus HIV e como viver uma sexualidade sadia; na promoção de direitos humanos, em especial na articulação com órgãos do poder público que colaborem na profissionalização; escolarização; documentação e na cultura e lazer, como direitos constitucionais do todo cidadão brasileiro, independente de qualquer outra circunstância pessoal ou familiar.

 

V – AÇÕES A SEREM DESENVOLVIDAS

 

A - Proteção Social Básica

B - Programa de Atenção Integral às Famílias

C - Serviço de atendimento psicossocial :

D - Oferecido ao assistido em suas visitas mensais no local de atendimento através de nossos voluntários, quando ele tem oportunidade de expressar suas carências, esclarecer dúvidas, dentre outros pontos que caracterizam um atendimento personalizado. Quando o caso requer atendimento profissional específico na área de psicologia, agendamos entrevista em nosso posto de atendimento com a nossa psicóloga Drª Simone Aquino.

E – Quando da necessidade de serviços em processos de Auxilio-Doenças e aposentadorias, agendamos uma consulta no escritório de nosso voluntário o Dr. Rodrigo Coelho, onde o fará os devidos encaminhamentos a justiça.

F – Serviço de incentivo ao protagonismo e de fortalecimento dos vínculos familiares

A interação com o grupo se dá conforme exposto no item 6 dos objetivos gerais, quando se

pretende que o assistido fale de suas vivências e ouça a de outros companheiros. Este espaço é deles e ali todos são iguais, sem preconceitos comuns em outros locais. É lugar comum, que o portador do HIV não se apresenta, via de regra, como tal no convívio social, fora do seu contexto familiar mais restrito.

Os cursos oferecidos à nível de artesanato em nosso local de atendimento eram constantes da programação do Consulado da Mulher, mais a partir desse ano iremos enviar todos os cidadão para Casa Brasil, pelo motivo que foi cancelado todos os cursos desse Consulado, visam a formação cidadã, a capacidade de aprender, de se profissionalizar, do preparo para oportunidade no mercado de trabalho. Em razão da especificidade do grupo e de serem portadores de uma moléstia, pra muitos vista como “altamente contagiosa”, vários deles participam em sua comunidade local onde reside, de agremiações esportivas, de associações de moradores, de igrejas, onde enfim, se sintam aceitos, apenas como cidadãos comuns sem outras caracterizações que permanecem ocultas. Sabe-se que até mesmo, muitos escondem da maioria dos parentes a sua condição de portador do HIV, restringindo-se ao núcleo familiar mais restrito.

G - Quanto ao item Geração de Trabalho e Renda não temos um programa sistemático, contínuo, mas uma programação anual que prevê cursos na área de artesanato, sempre na dependência da agenda das profissionais que disponibilizem tempo para isso. O material do curso em geral é fornecido pelo GAVI, além dos passes comuns para a freqüência. Procuramos, todavia, encaminhar caso a caso o(a) assistido(a) para Programas já existentes da SAS ou – CRAS - que se propõe a nível municipal efetuar esta inclusão produtiva para erradicação da população de maior vulnerabilidade social.

H - Defesa de Direitos

Temos um advogado que presta serviço voluntário em seu escritório à rua Dorna Francisca nº 552, para a defesa dos direitos sociais estabelecidos nas legislações específicas voltadas para o portador do HIV, com o encaminhamento de cada caso, onde já obtivemos bons resultados nos auxilio doença para os portadores do HIV.

 

VI. PÚBLICO ALVO/META

 

           A – Temos cadastrados em nossos registros 443 assistidos, e identificado com.:

a)      – Idade de 18/30 anos 42% de infectado.

b)      – Idade de 31/45 anos 37% de infectado.

c)      – Acima de 45 anos 21% de infectado.

 

            B – Mapa geográfico dos assistidos entre os nossos 443 cadastrados.:

a)             Portadores no bairro Itaum 22% de infectado.

b)            Portadores no bairro Fátima 41% de infectado.

c)             Portadores no bairro Jardim Iririú 10% de infectado.

d)            Portadores no bairro Agulhas Negras 7% de infectado.

e)             Portadores no bairro Jardim Paraíso 15% de infectado.

f)             E portadores em bairros diversos 5% de infectado.

 

           C – Sócio econômico entre os nossos 443 cadastrados.:

a)      48% dos portadores têm uma renda mensal abaixo do salário mínimo.

b)      41% dos portadores têm uma renda mensal de um salário mínimo

c)      11% dos portadores têm uma renda de um e meio salário mínimo.

 

             D – E a nossa capacidade e condicionada ao convênio SAS/PMJ e subvenção social, hoje estimada para uma média de 60 cestas básicas mensais.

 

VII. METODOLOGIA E DETALHAMENTO DA AÇÃO

 

A - O GAVI atua no segmento do portador do HIV, como Entidade Correlata à Política Pública

de Assistência Social, sobretudo nos aspectos de maior vulnerabilidade social como: desemprego; estágio da doença; egressos do sistema penal; moradores de rua sem referência familiar no município e o analfabetismo funcional, de uma sociedade preconceituosa para com o aidético (muitos evitam o contato temendo um provável contágio, na maioria das vezes pela desinformação).

 

B - O portador chega em nossa entidade indicado pela Secretaria da Assistência Social, Unidade Sanitária de Joinville, Centro de Testagem e Aconselhamento CTA, Hospital Regional, por particulares e outros meios.

 

C - No 1º atendimento é feito uma ficha cadastral, informamos dos serviços que o GAVI disponibiliza, incluindo, se necessário, encaminhamento para psicólogo, e se necessário for para área jurídica.

 

D – Através dos convênios e subvenções celebrados, dos recursos próprios e das doações em gêneros alimentícios e outros, continuar a distribuição das cestas básicas aos nossos assistidos cadastrados, que nos são encaminhados pelo sistema SUS com os testes comprobatórios da doença, além dos remédios não oferecidos pelo SUS, fraldões e absorventes higiênicos para incontinência urinária severa, dentre outros;

 

E - Participamos das diversas campanhas de agasalhos, com arrecadações de roupas usadas ou novas, sapatos, tênis, alimentos e leite UHT, promovidas pelos meios de comunicação e pela AJOS, nas já tradicionais épocas de inverno e Natal;

 

F - Temos participação efetiva na Comissão da AIDS de Joinville, Conselho Municipal da Saúde, Conseam, Mesa Brasil e Ajos.

 

G - Levamos a todos solidariedade, amor e esperança fundados nos valores cristãos e do bem comum, diante da terrível luta contra o vírus HIV e as doenças oportunistas provocadas pela queda de imunidade e do comprometimento do sistema de defesa natural do organismo, aliado aos momentos de depressão e perda de sentido vivencial, manifestados em grande parte pelos efeitos do AZT e da medicação tríplice (coquetel);

 

H - Viabilizamos um espaço próprio em nosso local de atendimento, para promoção do diálogo e da interação entre os que nos procuram, portadores do HIV cadastrados e familiares que os acompanham, destacando a troca de informações e outros aspectos relevantes do cotidiano e da vivência pessoal de cada um, no qual como seres humanos vivenciam o estigma do preconceito, do desemprego, da carência extrema de recursos para o básico existencial, dos sentimentos como raiva, ódio, sofrimentos, sonhos, conflitos familiares e pessoais, e como tratá-los e amenizá-los ouvindo e compartilhando com outro(s) companheiro(s), de modo especial voltado para aqueles em que o depoimento é positivo na superação dos dramas e situações conflituosas;

 

I - Visando a melhoria do emprego e rendas realizamos oficinas e cursos de artesanato, conforme consta do relatório de atividades. É nossa intenção em 2010, matricular os que se interessarem e puderem, nos cursos de tão boa qualidade oferecidos pela Casa Brasil em sua programação mensal/anual;

 

J - A continuidade das preleções por nossas voluntárias junto às escolas, empresas e locais públicos, oportunidades em que se dedicam à conscientização, principalmente dos adolescentes e jovens da terrível realidade das DST/AIDS, e das formas como não se infectarem e não se tornarem mais um número estatístico desta epidemia; Como assessoria e aprimoramento da gestão de nossa entidade realizamos capacitações, que se dá através dos cursos e eventos específicos da área voltada para as DST/AIDS.

Quanto a articulação e mobilização tem-se as datas específicas como o dia 1º de dezembro “Dia de Mobilização Mundial de Combate à AIDS”, dia 05 de dezembro como Dia do Voluntariado. Fóruns e campanhas ficam a cargo dos meios de comunicação de massa e de entidades afins, que no geral temos participado.